Carro desta avaliação: Kia Stonic 1.0 T-GDi ISG DRIVE
O Turboway rodou em Portugal exatos 1.619 quilômetros com um Kia Stonic e detalha agora a experiência com o carro, um modelo 1.0 turbo de 6 marchas manuais movido apenas a gasolina. É diferente da única versão vendida no Brasil, um híbrido leve com câmbio automático de 7 marchas.
O Kia Stonic é um crossover compacto produzido pela fabricante de automóveis sul-coreana Kia Motors. Ele foi lançado na Europa em 2017 e tem sido uma opção popular nesse segmento. No catálogo ele fica acima do Kia Rio e do Kia Picanto, sendo a opção de entrada do segmento SUV entre os movidos a combustão.
A primeira impressão, ao entrar no carro, é que estamos mais em um modelo hatch do que em um SUV, devido ao seu tamanho em relação ao solo. A posição ao volante deixa a impressão de estarmos mais baixo do que quando em outros SUVs de entrada.
Por outro lado, a posição do motorista é confortável, com os comandos do carro todos à mão. Se por fora ele tem um design atraente, por dentro o acabamento interno é apenas ok, sem grandes surpresas, mas também sem aquele excesso de plástico duro que já nos acostumamos aqui.
Motor e câmbio
O motor é talvez o grande ponto positivo do Stonic. A Kia conseguiu chegar em um 1.0 turbo com bastante resposta. O carro chega rapidamente aos 100 km/h e desenvolve velocidade acima dos 180km/h, sem grandes esforços. As estradas portugueses permitem uma esticada segura e no caso do Stonic a sensação é de realmente se sentir seguro.
O câmbio manual de 6 marchas também é muito acertado. As trocas se encaixam perfeitamente, sem aquela sensação de buraco, como pode ocorrer em alguns modelos. A Kia poderia oferecer uma opção automática com dual clutch, como na versão brasileira, mas o manual em nenhum momento chega a atrapalhar a experiência.
Consumo
Outro ponto positivo para o Kia Stonic. No site da montadora, a informação declarada é que ele faz 5.8 l/100 km – ou 17,2 km/litro no nosso padrão, um número altíssimo e que se confirmou durate o nosso uso quase todo rodoviário. A versão brasileira é um hibrido leve, que garante ainda mais economia.
Tecnologias
A versão do Stonic que rodamos vinha com central multimídia de 10 polegadas, velocidade de cruzeiro, mas sem velocidade adaptativa, e outros itens não muito gritantes para um carro que não é bem de entrada.
A câmera de ré poderia ser de melhor qualidade, já que à noite ela perde nitidez. O carro poderia ter partida sem chave, embora já venha com start stop, o que ajuda a economizar.
Aqui talvez a Kia pudesse investir mais, mas talvez ela tenha tido como meta não aumentar muito o preço do carro, que já supera os 20 mil euros.
Pontos negativos
Além de alguns itens tecnológicos, os pontos negativos vão para a altura do carro, que se assemelha muito a um hatch convencional, mesmo com rodas aro 17.
Faltou um item simples hoje em dia que é um apoio de braço central. A direção em longos trechos se torna mais confortável com o braço ali repousado.
O porta-malas poderia ser maior. São apenas 332 litros oferecidos. A versão brasileira é ainda menor.