Os nomes são parecidos, mas a aplicação nem tanto. Enquanto o Android Auto está presente na maioria dos modelos zero de hoje em dia, o Android Automotive ainda é restrito a poucos modelos, sobretudo da sueca Volvo. Mas qual a diferença entre eles?
O Android Automotive é uma evolução bem grande sobre o Auto. É como se o carro inteiro fosse um dispositivo Android, já que várias partes do veículo são interligados ao sistema operacional e não apenas a tela multimídia com poucos itens de controle.
O Android Auto, hoje ao alcance de muitas pessoas, é mais um replicador do celular na tela digital do carro. Tanto é que é preciso ter o celular presente no carro, e boa parte das vezes conectado via cabo.
Com o Automotive, esqueça do celular. Seu carro é o smartphone de quatro rodas. É ele quem executa as funções por conta própria. Mas para isso é necessário que o sistema venha de fábrica. Não adianta querer adaptar a qualquer automóvel.
Os primeiros modelos do novo sistema só saíram do papel graças a um acordo entre montadoras e o Google, dono do sistema Android. A empresa de tecnologia instala o sistema ainda na fábrica.
Por enquanto, são poucos os modelos com o Android Automotive: o Polestar 2 e o XC40 Recharge, ambos da Volvo, são exemplos disto. Ford, GM, Honda e a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi já estão em tratativas com o Google para lançarem seus primeiros carros. Em breve, o motorista médio terá acesso ao sistema.
O uso ao Android Automotive deverá continuar sendo feito por uma tela digital, provavelmente no centro do painel, como é hoje. Mas ele também pode estar na tela do velocímetro e também nos bancos traseiros, com funções específicas para quem viaja atrás, se assim as montadoras acharem importante. A interface deverá ser parecida com os modelos atuais.
Como o sistema é inteiramente ligado ao carro, ele detecta funções do motor, de consumo, antes divulgadas isoladamente pelo computador de bordo. Como o Android é um produto de código aberto, espere a criação de aplicativos externos para otimizar a direção. Um app pode te ajudar a economizar combustível, por exemplo, ao ter acesso em tempo real ao consumo e ao tipo de condução, entre outras informações que ficavam restritas apenas ao motorista.
Este é mais um passo do carro rumo a informatização. Já dissemos que você irá comprar carro como compra um computador e esse futuro parece cada vez mais perto.