terça-feira, 2 de julho de 2024

“A solução é copiar”: Renault admite que Europa precisa fazer como a China

Do protecionismo à reverência: a jornada do carro chinês pelo mundo.

A Renault parece ter entendido o atual momento do mercado automobilístico ao fazer uma leitura diferente. Luca de Meo, CEO da montadora, entendeu que não é hora para fazer frente às montadoras chinesas, líderes globais em eletrificação. Pelo contrário, a Europa precisa copia a China, na visão dele.

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É um tipo de pensamento que destoa dos demais. Em 2022, Carlos Tavares, CEO da Stellantis, defendia mais protecionismo na Europa contra a invasão chinesa. Outras marcas foram na mesma linha, pedindo intervenção governamental em vez do liberalismo econômico de outrora.

Luca de Meo percebeu que a China segue uma equação perfeita: cria a cada dia carros com maior qualidade, fabrica cada vez mais modelos e cobra cada vez menos por eles. Não é algo simples de se fazer, mas o executivo pensa que isso seja uma meta a se buscar.

Ele critica a falta de ideias das montadoras europeias, o que para ele demonstra um conformismo excessivo. A China, por outro lado, não tem medo de inovar e arrisca muito mais, avalia. “Na China se premiam os virtuosos e se castigam os viciosos. Nós europeus não fazemos isso. Castigamos a todos. Quem não cumpre é multado e quem faz não obtém recompensa”, afirma.



A Europa historicamente trava batalhas em favor do clima, enquanto China e EUA postergam o assunto. Mas enquanto os europeus se sentam à mesa para criar regras, definir metas e prazos para a descarbonização do carro, a China vai e produz a solução aos montes. Das fábricas chinesas estão saindo os carros menos poluentes e, se a Europa não acordar, ela só vai mesmo fabricar os burocratas do novo mundo.

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