Declaração foi dada pelo CEO do grupo, que pretende encurtar caminhos até a eletrificação dos veículos.
Não chega a ser uma surpresa a afirmação, afinal o futuro promete ser dominado por elétricos. Mas surpreende a forma enfática com que a afirmação foi feita e a maneira acelerada com que os processos avançam. O CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares afirmou recentemente que a Stellantis pretende focar mais em elétricos e menos em híbridos e (claro) em veículos a combustão.
Em geral, as montadoras ainda estão bastante engajadas nas versões híbridas, mesmo na Europa, onde a eletrificação parece estar um passo à frente no mundo. Os híbridos são encarados como processo intermediário natural entre os motores a combustão e os totalmente elétricos e parece fazer sentido fazer a transição da forma que é feita.
A Stellantis, porém, pretende encurtar os passos até os elétricos. “Estamos indo a todo vapor nos veículos elétricos a bateria, uma vez que acreditamos que o mix de vendas dentro dos elétricos se move muito rapidamente para os puramente a baterias. Não estamos pensando que ainda teremos híbridos e híbridos plug-in”, disse em entrevista à Automotive News.
Trata-se de uma forte declaração, vinda de um grupo que abarca 14 montadoras, entre elas Fiat, Peugeot e Opel/Vauxhall. Querendo ou não, o grupo formado em janeiro de 2021 tem grandes poderes para ditar os rumos do mercado automotivo futuro.
Não é a primeira declaração contundente de Carlos Tavares. Em janeiro, logo depois de assumir a Stellantis, ele mandou um recado para os governos brasileiro e argentino sobre o futuro do grupo nestes países.
A Stellantis pretende lançar 10 modelos totalmente elétricos ainda este ano. No Brasil, que ainda engatinha no processo, é bom sempre lembrar, é esperado um modelo totalmente elétrico para este ano: o Fiat 500 elétrico, com porta suicida. Além deles, versões híbridas plug-in de Jeep Renegade e Compass também devem chegar ao catálogo nacional em 2021.