Apesar de alta em relação a janeiro, queda em relação a fevereiro de 2020 foi de 12,2% e desanima setor.
A exportação de veículos totalizou pouco mais de 33 mil unidades em fevereiro, o pior número desde 2015. A queda em relação a fevereiro de 2020 foi de 12,2%. Por outro lado, as exportações cresceram 32% em relação a janeiro de 2021. Os números são da Anfavea.
Na soma do bimestre, a exportação de veículos praticamente se manteve em relação a 2020, o que pode indicar um pequeno alívio, já que no primeiro bimestre de 2020 não havia ainda a pandemia do novo coronavírus. Em valores, houve alta de 15,9% no primeiro bimestre de 2021, já que o mix de carros exportados foi mais caro que no ano passado, com mais modelos maiores.
Mas para o presidente da Anfavea, o bimestre não serve ainda de termômetro pois é o que tem menor ritmo de negócios. Pelo contrário, o cenário é preocupante. “Temos duas crises se agravando. A sanitária é a que mais preocupa, pois vem ceifando cada vez mais vidas de brasileiros. A crise conjuntural, consequência da
primeira, vem desorganizando toda a cadeia global de fornecimento e provocando gargalos e paradas cada vez maiores nas fábricas”, afirma Luiz Carlos Moraes.
Ele prossegue. “A tudo isso se soma a fragilidade estrutural do ambiente de negócios no Brasil, que reduz nossa competitividade em nível internacional, e que não vem sendo devidamente atacada pelas várias esferas do poder público. Tudo isso gera um horizonte absolutamente nebuloso para o planejamento estratégico das empresas, e isso vale para todos os setores da economia”, completa.
Apoio à vacina
Preocupada com o ritmo lento da vacinação no Brasil, a Anfavea colocou à disposição de prefeituras apoio logístico e armazenagem de vacinas, além de oferecer estrutura médica das fábricas e profissionais para campanhas de vacinação. A associação aderiu ao movimento Unidos Pela Vacina, liderado pela empresária Luiza Helena Trajano.