Nova versão da família de elétrica foi apresentada nesta quarta-feira na Itália. O 500 agora tem ‘porta suicida’ para o passageiro, que lembra solução já adotada na Strada no Brasil.
A Fiat apresentou nesta quarta-feira a nova versão com 3 portas do Fiat 500 elétrico para o mercado europeu. O carro, que agora é elétrico, ganhou uma versão com porta suicida para ampliar o acesso do passageiro, uma resposta aos que sempre tentaram transportar mais de duas pessoas no compacto.
A nova versão foi chamada de Fiat 500e 3+1 e estará disponível nas cores Rose Ouro, Azul Glaciar e Preto Ônix. O carro inclui acessórios até então inéditos na linha como reconhecimento de sinais de trânsito, freio de emergência autônomo que reconhece pedestres e ciclistas, assistente que reconhece faixas de trânsito, sensor de pontos cegos e central multimídia Uconnect com tela de 5 polegadas, com navegação por satélite.
A nova versão atende aos que sempre acharam o carro bonito, porém apertado para quem viaja atrás. A solução a Fiat encontrou na porta suicida que já utilizou na Fiat Strada com cabine dupla até esse ano. A porta suicida é a porta traseira que abre no sentido contrário.
Este tipo de solução também já equipou carros como a segunda geração da Meriva, vendida na Europa, o Mazda R-8 e o Phantom, da Rolls-Royce. A porta adicional é fixada na coluna traseira e só pode ser aberta após a porta dianteira.
Dois motivos para isso: o primeiro é que a porta da frente serve como trava para a porta traseira não abrir sozinha com trepidações. O segundo, que o cinto de segurança do passageiro da frente está fixado justamente na porta traseira.
O Fiat 500e foi desenvolvido sobre uma plataforma nova. Ele tem 3,6 metros de comprimento e possui motor elétrico de 120cv que é alimentado por baterias de 42 KWh, com autonomia de 320 quilômetros com uma carga. Acelera de 0 a 100 km/h em 9 segundos e a velocidade máxima é de 150 km/h.
Fiat com preço de BMW
Os preços partem de 26 mil euros, que na conversão da média desta semana chega a R$ 172 mil. A versão mais cara é a com teto panorâmico, a Cabriolet, que sai por R$ 260 mil. São valores convertidos diretamente, sem considerar impostos, custos de importação, mas que são semelhantes ao elétrico BMW i3, que já é vendido no Brasil.
Na apresentação da Fiat, o 500e 3+1 é “o carro do próximo decênio”, sua “obra prima”. O tamanho do veículo e o interior são iguais aos do 500 elétrico convencional, que já é vendido e deve chegar ao Brasil no ano que vem. O Fiat 500 convencional (a combustão) foi vendido no Brasil entre 2010 e 2015 e teve um pequeno lote vendido em 2017. No início era importado da Polônia e posteriormente foi trazido do México.
Foco em carros pequenos na Europa
A Fiat está apostando alto no 500 como principal produto mundial para os próximos anos. E não é a toa. Com a fusão com a Peugeot, que ainda aguarda aprovação dos órgãos europeus, a nova empresa só deve manter dois carros compactos: Fiat 500 e Fiat Panda. Significa que Peugeot e Citröen devem aposentar seus veículos nesta categoria e deixar essa missão com a Fiat.
Além do Fiat 500 e do Fiat Panda, a empresa comercializa o Fiat Tipo e versões SUV do Fiat 500 na Europa. A empresa cogitou trazer estas versões maiores do 500 para o Brasil enquanto desenvolve um novo SUV para posicionar abaixo do Renegade, porém a alta do dólar impediu essa importação.