Mclaren rara no Brasil foi parar nas mãos de criminoso após execução no Aeroporto de Guarulhos

Carro que vale mais de R$ 2.7 milhões foi comprado por um policial apenas 50 dias após o crime e vira objeto de investigação

A compra de uma McLaren 570S Spider 3.8 virou objeto de interesse na investigação do homicídio de Vinícius Gritzbach, ocorrido em novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos. Após localizar e prender os executores do crime – que são policiais – os investigadores vasculharam as movimentações financeiras e descobriram que um deles comprou a Mclaren menos de dois meses após o crime.

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Mclaren 570S Spider (foto: divulgação/Mclaren)

O Mclaren 570S na versão Spider é um carro com poucas unidades rodando no Brasil. Um levantamento do Turboway aponta que existem apenas sete modelos emplacados no país entre 2017 e 2019. Dois destes estão na cidade de São Paulo, um em Sorocaba (SP), um em Nova Friburgo (RJ), um em Rondonópolis (MT), um em Teresina (PI) e outro em Balneário Camboriú (SC).

O valor deste modelo na tabela é de R$ 2,7 milhões, o que corresponde a 25 anos de salários do policial militar investigado. Segundo a investigação, ele comprou o veículo em 28 de dezembro de 2024 por R$ 2,2 milhões. O valor seria pago em 10 parcelas.

O Mclaren 570S Spider é um supercarro esportivo conversível que acelera de 0 a 100km/h em 3,2 segundos. Foi fabricado entre 2017 e 2021. Nesta versão o carro tem um motor V8 biturbo de 3.8 litros que entrega 562cv de torque e tem dupla embreagem com 7 velocidades. O teto do veículo pode ser recolhido em menos de 30 segundos com ele rodando no máximo a 48 km/h (30 mph). A velocidade máxima é de 328 km/h. Além do Spider, existem outras versões do 570S no mercado.

Mclaren 570S Spider (foto: divulgação/Mclaren)
Mclaren 570S Spider (foto: divulgação/Mclaren)

A negociação da McLaren é ponto importante para a Polícia para entender o caminho do dinheiro usado para pagar os atiradores. As informações foram publicadas primeiro pelo jornalista Josmar Jozino, do Uol. Segundo a investigação, o policial militar que comprou o carro de luxo participou no crime como motorista do carro que ajudou a retirar os executores do aeroporto. Após a compra ele citou, em conversa com outra pessoa, que negociou o carro porque “não resistiu”.

O contexto da conversa é que ele, como policial, sabe que os investigadores monitoram todo tipo de compra suspeita realizada após o crime. Ele, porém, foi mais longe: a compra suspeita era de um carro que só tem outros 6 exemplares no país. Os dois policiais apontados como executores diretos de Gritzbach seguem presos.

Publicada originalmente em

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