Financiamento de carros bate recorde de mais de uma década

Foi a maior quantidade de veículos financiados para um primeiro bimestre desde 2013

O mercado de financiamento de veículos no Brasil creceu 3,6% no acumulado de 2025 até fevereiro, com 1,127 milhão de unidades financiadas, incluindo veículos novos e usados, de acordo com dados divulgados pela B3. Em comparação com o mesmo período de 2024, houve um aumento de 39 mil unidades financiadas.

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Foi o maior volume de financiamentos de veículos para o primeiro bimestre desde 2013. Foi uma renovação de recorde, já que o melhor número da década havia sido em 2024.

Só em fevereiro de 2025, foram financiadas 564 mil unidades, númer estável em relação a janeiro do mesmo ano. Desse total, 362 mil foram veículos usados e 201 mil novos.

A categoria de autos e comerciais leves registrou 391 mil financiamentos, enquanto as motos tiveram um aumento significativo, com 148 mil unidades financiadas, um crescimento de 9,7% em relação a fevereiro de 2024. Já os veículos pesados apresentaram um aumento de 15%, com 23 mil unidades financiadas.

A modalidade de financiamento mais utilizada continua sendo o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), com 84,1% de representatividade, seguido por consórcios (15,1%) e leasing (0,1%). Em comparação com fevereiro de 2024, o CDC teve um aumento de 5,2%.

Regionalmente, a região Sudeste lidera em volume de financiamentos, com 42,8% do total, seguida pelo Nordeste (18,9%) e Sul (20%). A região Norte foi a que apresentou o maior crescimento, com um aumento de 11,8% em relação ao mesmo período de 2024.

No que diz respeito às taxas de juros, houve um aumento tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas. Em janeiro de 2025, a taxa média anual para pessoas físicas foi de 29,49% ao ano, enquanto para pessoas jurídicas ficou em 18,69% ao ano.

Aumento dos financiamentos de carros é bom?

Os dados indicam que o mercado de financiamento de veículos continua em expansão, impulsionado principalmente pelo aumento nas vendas de motos e veículos pesados, além da forte adesão ao CDC como principal modalidade de crédito.

Esse volume de financiamentos pode ser interpretado como um sinal de que a economia está reagindo, mas também traz preocupações em relação ao endividamento das pessoas.

A forte dependência do CDC como modalidade de financiamento (84,1%) pode ser preocupante, pois essa modalidade geralmente envolve taxas de juros mais altas em comparação com outras formas de crédito, como consórcios.

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