Renault Kwid e Fiat Mobi estão quase na casa dos R$ 80 mil em simulação feita nos sites das montadoras no final de fevereiro. Significa que se compararmos com a tabela de seis anos atrás, os modelos dobraram de preço.
O Mobi foi lançado em 2016 e naquela época saía por R$ 31 mil. O Kwid chegou no ano seguinte por R$ 33 mil. Os veículos foram projetados pelas montadoras para serem oferecidos como veículos ‘populares’. O termo ‘carro popular’ foi difundido nos anos 90, quando os governos da época lançaram pacotes de incentivos para que pessoas de renda mais baixa pudessem adquirir carros mais novos, sempre com motor 1.0.
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O preço dos veículos no Brasil disparou no período inicial da pandemia e desde então não recuaram em momento algum. As montadoras apontam para o alto custo de produção e a carga tributária para justificar o preço. Em quase 10 anos de mercado o Fiat Mobi é praticamente o mesmo carro. Esse ano recebeu sua alteração mais significativa, a troca do motor 1.0 Fire pelo 1.0 Firefly. Ambos são motores aspirados, mas o último é um projeto mais novo e que atualmente equipa a linha Argo.
Já o Kwid teve apenas alterações visuais, principalmente nas lanternas que ganharam a mesma características da versão elétrica, o E-Kwid. Ao contrário do Kwid, o Mobi não tem uma versão elétrica.
Mobi é o carro 0km mais barato do Brasil
A versão mais barata do Kwid é a “Zen”, que em fevereiro de 2025 custa R$ 77.240,00. A versão mais cara é a Outsider, que custa R$ 83.270,00. Os preços foram pesquisados no site da montadora.
Já o Mobi ocupa atualmente o posto de carro novo mais barato do Brasil. O modelo possui apenas duas versões. A mais barata é a Like, que custa R$ 77 mil e a mais cara é a Trekking, que agrega elementos visuais externos e tem melhor acabamento interno. Sai por R$ 80 mil. Aqui você descobre se vale a pena pagar R$ 80 mil em um Mobi.
Mobi e Kwid vendem bem?
O Mobi emplacou 4 mil unidades em janeiro. Isso o credencia como décimo primeiro veículo mais vendido no país no período. É um número expressivo, considerando que ele é voltado para um público que vem perdendo o poder de compra.
O Kwid, que em anos anteriores chegou a duelar no ranking de vendas de igual para igual com o Mobi, perdeu fôlego. Em janeiro foram 2.090 Kwids emplacados, metade do que a soma dos Mobis representou. Com isso o Kwid fica abaixo da lista dos 20 carros mais vendidos no Brasil.