Tarifa de Trump contra aço brasileiro irá impactar preço de carro

Brasil é o segundo país na lista dos maiores fornecedores de aço para os EUA

O anúncio de que os EUA irão taxar a importação de aço em 25% tem gerado preocupações em todo o mundo. O Brasil, segundo maior fornecedor de aço para os EUA, está na lista dos preocupados, embora ainda não tenha havido a confirmação de que o país esteja na mira do tarifaço.

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Por enquanto, Donald Trump tem tarifado países específicos, como Canadá, México e China, deixando o Brasil de fora. Os dois primeiros estão entre os que mais fornecem aço ao vizinho, sendo responsáveis por 40% de todo o metal comprado pelo Tio Sam.

O Canadá exportou 6,6 milhões de toneladas de aço para os EUA em 2024. Já o México mandou para lá 3,5 milhões de toneladas. A China corre por fora. Já tarifada desde o mandato passado de Trump, o país asiático exportou ‘apenas’ 0,5 milhão de tonelada de aço aos EUA. Os chineses são os maiores produtores de aço do mundo e foram atrás de outros parceiros.

E o Brasil? Como dissemos, somos o segundo maior exportador de aço para os EUA, com mais de 4 milhões de toneladas anuais. Vendemos 18% de tudo o que produzimos de aço para o gigante da América do Norte.

Como ficam os preços dos carros com as tarifas de Donald Trump?

É inevitável que a pressão com as tarifas irá causar alta de preços nos EUA. A não ser que a medida seja seletiva – envolvendo alguns países e não todos – o custo do aço para a indústria irá aumentar.

Pra piorar, o aço tem papel relevante na fabricação de um veículo. Em média, cada carro usa 900 quilos de aço! O preço do metal pode envolver de 20% até 60% de todo o valor de um veículo. Aumentar o preço do aço é aumentar o preço do carro, definitivamente.

É possível, no entanto, que os países impactatos pelas tarifas causem mudanças na produção para se manterem competitivos. Por exemplo, a indústria siderúrgica aumentar sua produção e seu estoque, de modo a que os preços caiam e fiquem próximos a valores atuais, ainda sem a tarifa.

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Caso o Brasil perca competitividade, ele terá dois caminhos: ou encontrar outros parceiros comerciais, como fez a China, ou equilibrar sua produção, de forma a pressionar uma queda de preços.

O mercado reagiu com descrédito. Como as tarifas impostas pelo EUA poderão causar inflação interna, analistas de mercado ainda não se convenceram se Donald Trump irá até o fim com a medida. O dólar perdeu valor nesta segunda-feira. O real se valorizou perante a moeda americana, que vale R$ 5,78 na cotação mais atual. Às 16h30, o Ibovespa subia 0,74%, aos 125.541 pontos.

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