Eleito novamente presidente dos Estados Unidos, Donald Trump está aos poucos se desfazendo de vários dos carrões que colecionou ao longo da vida. E o motivo tem a ver com o momento em que ele pisou na Casa Branca como presidente, ainda em 2016.
Todo cidadão americano que tenha se tornado presidente fica automaticamente proibido de dirigir veículos automotores. A decisão é do Serviço Secreto e tem a ver com a segurança do presidente.
A medida parece não afetar o mandatário, já que um presidente sempre é rodeado de funcionários, incluindo motoristas treinados, e nunca coloca a mão na massa. Mas a decisão se estende para ex-presidentes. Trump e os outros não podem mais nem dar uma voltinha dirigindo – salvo em ocasiões raras e autorizadas.
Para manter a segurança de ex-presidentes, o Serviço Secreto mantém o apoio a todos que passaram pela Casa Branca. Têm motoristas e outros funcionários pagos pelo contribuinte americano os ex-presidentes Barack Obama, George W Bush, Bill Clinton e Jimmy Carter, este último um ex-presidente desde 1981. Em breve a lista ganhará um novo nome: o de Biden.
A regra foi criada em 1963, logo após a morte de John Kennedy. Embora Kennedy não estivesse dirigindo durante o atentado que lhe tirou a vida, ali foi criado um protocolo de treinamento de motoristas e funcionários, que incluíram a proibição de o presidente assumir a direção de veículos oficiais – e particulares – pro resto da vida.
Sem dirigir, Trump vende coleção rara
Entre os carros vendidos pelo agora sempre passageiro Donald Trump, estão modelos únicos ou raros. Destaque para a Ferrari F430, leiloada em 2021 por US$ 270 mil dólares, cerca de R$ 1,5 mihão. O modelo, que por si só é um marco da montadora, ainda vinha com uma assinatura de Trump e quilometragem baixa: menos de 11 mil quilômetros rodados.
Outro modelo que não faz mais parte da coleção pessoal é um Rolls Royce Phantom, sedã de excelência de uma marca de excelência. Trump gostou tanto do carro que, além de rodar 90 mil km com ele, ainda escreveu a mão no manual a frase “amei o carro, é ótimo”. O comprador pagou US$ 400 mil, mais de R$ 2 milhões.
Trump faturou ainda mais alto com a venda de seu Lamborghini Diablo VT Roadster, adquirido em 2000 e vendido recentemente por mais de US$ 1 milhão, quase R$ 6 milhões. A partir de janeiro, ele irá se contentar com seu ‘modesto’ Cadillac One, modelo presidencial com o máximo de blindagem existente.