EUA querem banir peças chinesas em carros americanos por ‘risco à segurança nacional’

Governo dos EUA faz acusações graves contra chinesas, apontando que peças tecnológicas podem causar sabotagem

No meio militar é muito comum um país restringir o uso de componentes de outros países por uma óbvia questão de segurança. No meio civil não é. Os EUA querem banir peças chinesas e russas dos carros vendidos aos cidadãos por o que eles chamam de risco à segurança nacional.

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O Departamento de Comércio dos EUA propôs nesta segunda-feira um pedido oficial de banimento das peças, para valer para todo carro fabricado e vendido em solo americano a partir de 2027.

EUA querem banir peças chinesas

A ideia surgiu depois que o presidente Joe Biden ordenou uma investigação para verificar se os componentes chineses representariam um risco à segurança dos americanos. O estudo indicou que sim.

“Temos evidência que a China pré posicionou malwares em uma infraestrutura com intenções de sabotagem. Com milhões de veículos rodando, cada um com 10 a 15 anos de vida útil, o risco de interrupção e sabotagem aumenta dramaticamente”, disse a repórteres Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional.

O estudo começou depois de um alerta do FBI de que a China estava mirando estações de tratamento de água, oleodutos e redes elétricas americanas, áreas sensíveis e com potencial para provocar colapso econômico. As acusações são graves.

Só em 2023, 104 mil veículos completamente chineses foram importados pelos Estados Unidos. Mas o banimento mira a produção local. É que praticamente todo veículo montado nos EUA recebe componentes de origem chinesa, principalmente itens de conexão externa, como bluetooth e módulos de satélite, responsáveis, por exemplo, por direção autônoma.

Banir peças chineses pode causar aumento de preços nos EUA

A medida visa a segurança nacional, mas pode causar inflação no mercado automotivo. As empresas usam as peças chinesas porque elas, simplesmente, são muito mais baratas do que as americanas. De tão baratas na China, acabam nem sendo fabricadas em solo americano porque ninguém compraria.

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Os EUA vão ter que tomar alguma medida para evitar os sobrepreços. Ou dar incentivos fiscais para a fabricação local ou encontrar outro país ou território que fabrique os componentes em grande quantidade sem cobrar tanto por isso. Resta saber o que farão com os milhões de carros já fabricados e circulando em ruas e rodovias do país todos os dias.

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