Elas não são novidade, mas parecem ter virado tendência: as grades assimétricas na dianteira dos carros. A Volvo é mais uma a apostar no desalinhamento estético como uma marca. Fotos vazadas do facelift do Volvo XC90 mostram que a montadora partiu para a assimetria na grade frontal.
Não chega a ser algo que choque ao olhar, como ocorria em carros do passado (veja mais abaixo), mas é algo a se notar, pois a simetria vinha sendo um imposição de mercado. A versão atual, pré-facelift, vem com linhas verticais, como boa parte dos volvos no mercado. Agora é a vez das linhas mudarem de posição e acabarem com a harmonização.
No mais, a Volvo manteve o pacote de equipamentos e o acabamento interior, para certa decepção dos fãs da marca. Este é o segundo facelift da atual geração do XC90, lançada em 2015. Embora pareça muito tempo, o novo facelift deu um ar novo para o modelo de luxo.
Grades assimétricas: todas as marcas já testaram
Como falamos, a falta de simetria não é bem uma novidade, mas sim uma nova tendência. Há mais de 50 anos as montadoras se degladiavam para mostrar quem era mais ousado no desenho do carro.
E aqui não estamos nem falando da grade frontal. As montadoras ousavam mesmo. Mudavam a harmonia de tudo o que era possível: faróis, capô, grade, friso. Você praticamente tinha dois carros diferentes colados ao meio. Muitos modelos nem chegaram a prosperar, talvez pelo exagero das marcas, mas outros até que ficaram bem conhecidos.
Nas décadas seguintes, as montadoras ainda apostaram na assimetria. Elas foram mais comedidas, é verdade, mas escolheram carros mais acessíveis, de preços mais populares. Em geral, a grade frontal foi a escolhida para dar aquela quebrada no visual, algo que volta a ocorrer agora.
A Citroën foi minimalista em um de seus projetos. Fez um carro totalmente simétrico, como a maioria, mas apenas jogou o logo um pouco mais para a direita. Assimétrico pero no mucho.
A Land Rover também apostou na assimetria, mas na traseira. O Discovery 4 veio com tampa e vidro traseiros totalmente fora da simetria, mas estavam longe de serem feios. A marca havia decidido manter o visual mais torto herdado de versões anteriores que vinham com o estepe externo. A partir da terceira geração, de 2017, a traseira voltou a ser simétrica.
E o Brasil? Aqui tivemos um bom exemplo recente e que todo fã mais atento se lembra. A Fiat praticou a assimetria na última geração do Uno. E aí, saudade de um carro assim?