Caiu como uma bomba na Europa a notícia que o Grupo Volkswagen pode fechar uma fábrica na Bélgica que atende principalmente a Audi. O motivo, segundo a agência Automotive News, é que a demanda de veículos elétricos reduziu na Europa, diferentemente do que previam os planos da empresa para os próximos anos.
A bomba nesse assunto é que a Volkswagen é considerada uma empresa alemã sólida e não fecha uma fábrica desde a década de 80. O último caso de fechamento de uma fábrica da Volkswagen aconteceu em 1987, quando ela fechou uma fábrica no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. O motivo na época é que a Volks tinha entendido que era mais barato produzir seus carros no México.
No caso da fábrica belga o que salta aos olhos financeiros da VW é que o custo de operação da unidade é alto. Por lá é fabricado o Audi Q8 e-tron. Ele foi lançado em 2018 e sua demanda vem caindo. A empresa estuda retirá-lo de linha.
No ano passado todo a fábrica produziu 50 mil veículos. Como comparação, a fábrica da Volkswagen de Taubaté (SP) produziu mais de 100 mil veículos em 2023. Conheça aqui a história da fábrica belga.
América Latina compensou prejuízo Europeu
A Volkswagen também divulgou os dados de vendas mundiais no primeiro semestre de 2024. Houve uma redução das vendas em relação ao ano passado. Foram 4,35 milhões de veículos vendidos pelo planeta, contra 4,37 no mesmo período do ano passado. O destaque positivo ficou para a América Latina, onde as vendas subiram 15%. Enquanto isso houve queda na China e na Europa, justamente onde a marca avança na eletrificação da linha.
A explicação para a queda de vendas na China não é que os chineses estão comprando menos carros elétricos, mas sim que os chineses estão preferindo outras marcas, principalmente as nacionais. As marcas ocidentais atuam na China, mas sempre com uma associação com um grupo local. No entanto, os chineses estão cada vez mais preferindo os produtos nacionais.