A BMW não mediu esforços para criar seu novo BMW M5. O carro é tão pesado que se aproxima do peso de caminhões pequenos e de SUVs grandes. E a empresa não está nem aí para isso.
O diretor da divisão M da BMW justificou a mudança. “Faz sentido ir até o fim para obter a vantagem total da eletrificação”, argumentou Frank van Meel. De fato, só para inserir o sistema híbrido, ele ‘gastou’ 400 kg a mais no peso do carro, totalizando 2.444 kg, nada menos que 522 kg a mais do que a geração anterior.
Ou seja, o carro ficou 122 kg mais pesado do que apenas a inserção do modelo híbrido. Embora o objetivo de toda montadora de ponta seja deixar os carros mais leves, este não foi o foco principal da BMW. “No automobilismo, o lastro é adicionado ao assoalho do carro para equilibrar o desempenho. É aí que adicionamos nosso latro”, disse, se referindo às baterias, deixando o centro de gravidade do modelo mas baixo, oferecendo mais desempenho.
Com isso, a BMW afirma ter coneguido maior autonomia e mais potência para o M5, sem contar, é claro, que o próprio powertrain do carro é excelente por si. Estamos falando 717 cavalos de potência, gerados pelo motor V8 híbrido biturbo 4,4 litros.
A BMW poderia tornar o carro mais leve, se optasse por torná-lo um 100% elétrico. Mas a empresa enxergou que ainda não é hora para isso, e decidiu ser mais conservadora e partir para o meio termo – e deixando o M5 um pesadão.
Para comparação, os 2.444 kg do M5 o tornam mais pesado que um Chevrolet D20 (2.040 kg), e o deixam muito próximo dos gigantões Chrysler Escalade (2.518) e Chevrolet Suburban (2.569). Detalhe, o M5 mede 4,5 metros, contra 5,5 do grandão da GM. Numa comparação interna, pesa quase o dobro do BMW Série 1 e seus 1.375 kg.