Um memorando interno da Tesla pegou trabalhadores de surpresa. Nele havia a mensagem de que a empresa de Elon Musk precisou demitir boa parte da força de trabalho por causa da queda nas vendas e pela ‘guerra de preços’ entre modelos elétricos. O memorando não cita diretamente, mas Elon Musk se refere aos preços competitivos de modelos elétricos chineses.
As demissões podem superar os 10% de toda a força de trabalho da Tesla no mundo. Estamos falando de uma empresa com 140 mil trabalhadores, então até 15 mil podem ficar sem emprego nos próximos dias. Dois diretores estão na lista, como Drew Baglino, chefe de desenvolvimento de baterias e Rohan Patel, presidente de políticas públicas.
“Aproximadamente a cada cinco anos, precisamos reorganizar e simplificar a empresa para a próxima fase de crescimento”, comentou o CEO Elon Musk em uma postagem no X, ex-Twitter. Segundo a Reuters, alguns investidores estão preocupados com a medida.
Enquanto Elon Musk demite sua força de trabalho, as rivais Rivian, VinFast e Lucid Group vêem suas ações caírem. A queda dos papeis foi de 2,4% a 9,4% nas três empresas nesses últimos dias. A Tesla perdeu 5,6%, valendo US$ 161,48 nesta segunda-feira. Desde o começo do ano, o derretimento das ações da empresa já chega a 33%. No mesmo período, Toyota e GM cresceram 45% e 20%, respectivamente.
A Reuters revelou no começo do mês que a Tesla cancelou internamente a criação de um carro elétrico barato, prometido para 2025 e que custaria US$ 25 mil, e com o qual os investidores contavam para impulsionar o tão aguardado crescimento de mercado da Tesla.
A esperança da Tesla de Elon Musk é a Índia, país mais populoso do mundo. A Tesla deve iniciar em breve suas primeiras vendas no terceiro maior mercado automotivo do mundo. A ideia é produzir os modelos na Alemanha e exportar para a Ásia, o contrário do que os chineses estão fazendo – e bem – com os seus elétricos.