A Toyota vive um momento complicado em todo o planeta após admitir escândalos a partir de fraudes internas. A primeira a vir a toda foi uma série de fraudes em torno dos sistemas de segurança dos veículos vendidos pela empresa. Agora a marca admitiu ter manipulado testes de motores para obter números favoráveis em certificações. Até o momento a marca não admitiu qualquer fraude nos produtos vendidos no Brasil.
Sobre o caso das fraudes em testes de motores, a empresa admitiu que atribuiu dados falsos aos testes de torque e potência de vários veículos, inclusive a Toyota Hilux que é vendida por todo o planeta. Por isso o veículo teve as vendas suspensas em vários mercados. A filial brasileira informou que os problemas não afetam o Brasil e a Hilux segue a venda por aqui.
Driblando o teste de segurança
A outra fraude admitida no ano passado pela Toyota é sobre testes de segurança fraudados em mais de 60 produtos. Uma unidade do Toyota Yaris foi enviada para autoridades da Tailândia para testes de segurança com reforços na estrutura que não existem no produto original. O caso foi investigado e a Toyota admitiu a fraude e interrompeu a fabricação do modelo, que não é o mesmo vendido atualmente no Brasil.
Segundo as agências internacionais, um relatório interno revela que o primeiro caso de falsificação de testes de segurança teria ocorrido em 1989. E a partir de 2014 essas falsificações escalaram dentro da empresa, segundo o relatório. Os casos mais graves ocorreram na Daihatsu, uma subsidiária da Toyota que já vendeu produtos no Brasil nos anos 90.
As consequências para a montadora estão sendo pesadas. O Governo do Japão já anunciou que fará inspeções detalhadas nas fábricas da Toyota e a pressão também tem aumentado em outros países. A Toyota é atualmente a líder de vendas de veículos em todo o planeta.
Em 2016 a Volkswagen se envolveu em um escândalo com os mesmos ingredientes. Admitiu ter alterado o software de milhões de veículos à diesel para ludibriar o resultado de testes de emissões. O escândalo foi descoberto por uma agência ambiental norte-americana e o caso ficou conhecido como “Dieselgate”.