Verstappen manteve os nervos em dia, soube lidar com dois momentos críticos e venceu o GP da Holanda 2023. Não foi fácil. Debaixo de chuva, que caiu no começo e no fim, ele teve que trabalhar o emocional, o senso de estratégia e teve que ter braço, a parte que ele mais domina.
Foi a 9ª vitória seguida do holandês, igualando o recorde de Vettel, que venceu nove vezes seguidas em 2013, também de Red Bull. Foi também a 14ª vitória seguida da Red Bull, ampliando recorde que já era dela. Verstappen venceu, de quebra, pela 46ª vez na carreira e está mais próximo de igualar Alain Prost, que venceu 51 vezes na F1.
Alonso ficou em segundo e Gasly completou o pódio do GP da Holanda 2023. Também pontuaram Perez (4º), Sainz (5º), Hamilton (6º), Norris (7º), Albon (8º), Piastri (9º) e Occon (10º). Confira a classificação da F1 após o GP da Holanda 2023.
A F1 volta no próximo domingo, 3 de setembro, para o GP da Itália, em Monza.
Como foi o GP da Holanda 2023
A corrida começou totalmente maluca. Assim que os pilotos largaram, começou a chover. Antes mesmo de completarem a primeira volta, todos os pilotos discutiram com seus engenheiros se era momento de parar para trocar pneus.
Metade do grid parou, principalmente o pelotão traseiro, e a outra metade ficou na pista. Com a chuva apertando, ficou claro que todos deveriam ter feito o pit. Verstappen, que não parou, viu sua diferença para os demais cair. Não teve outra e o holandês fez a troca, na segunda volta.
Pérez, que se adiantou na troca para pneus intermediários, assumiu a ponta, trazendo a surpresa Zhou, da da Alfa Romeo, na inédita segunda colocação. Mas logo Verstappen escalou o pelotão e voltou para a vice-liderança.
Com a pista secando, e Piastri, de pneus macions fazendo volta mais rápida atrás de volta mais rápida, foi a vez de os pilotos se dividirem em quem colocava pneus secos e quem se mantinha nos intermediários, torcendo por mais chuva. O balanço final, depois de todos colocarem secos, foi o de sempre: Verstappen voltou a ser líder da prova.
Na volta 16, Sargeant rodou e bateu a Williams, provocando um safety car. Após as 6 voltas de carro de segurança, a corrida mergulhou em um marasmo, marasmo este que sempre favorece o ultra favorito Verstappen.
Faltando 20 voltas para acabar, os pilotos se preocuparam com o que ouviram pelo rádio. Os engenheiros avisaram um a um que uma nuvem de chuva chegaria antes do fim da corrida. Seria momento de discutir e decidir: quando parar e qual pneu colocar?
A resposta só veio quando a chuva chegou, a 11 voltas do fim. Perez foi o primeiro a parar, de forma atabalhoada, para colocar pneus intermediários. Verstappen deu uma volta a mais em pista molhada. Quem se deu melhor? O atraso em parar não mudou o cenário. Verstappen voltou na frente com grande vantagem.
Só que a chuva era para pneus pesados. Caiu um temporal sobre o circuito. Antes que todos conseguissem voltar para os pits, uma série de pilotos escapou da pista e Zhou acabou batendo, provocando bandeira vermelha, a sete voltas do fim.
Na relargada, após mais de 40 minutos de paralisação, e mais duas voltas de safety car, os pilotos finalmente voltaram a se enfrentar. Foram 6 voltas, o suficiente para algumas mudanças de posições, mas não na liderança. Deu Vertappen pela 9ª vez seguida.