O ex-presidente da Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, entrou com uma ação contra a Nissan pedindo US$ 1 bilhão em indenizações contra as acusações que lhe foram feitas. Para entender quem é Carlos Ghosn, leia este texto.
O processo inclui acusações graves contra a Nissan e outras duas empresas e doze pessoas. Segundo o Automotive News as acusações dizem respeito à fabricação de provas contra ele, incluindo também crimes como difamação e calúnia.
A Nissan não se manifestou sobre o caso. Se emitir um comunicado, ele será incluído neste espaço.
O que aconteceu com Carlos Ghosn?
Ghosn, atualmente com 69 anos, foi preso em 2018 em uma acusação feita pela Nissan contra ele no Japão por má conduta financeira. A empresa mencionou desde favorecimentos à Renault (empresa que faz parte de uma aliança com a Nissan), até a apropriação de valores e bens da empresa em proveito próprio. Ghosn retruca dizendo que executivos da empresa conspiraram contra ele e forjaram provas.
Ghosn ficou conhecido como um executivo bem sucedido que presidiu a Renault e posteriormente também a Nissan. Ghosn fugiu da prisão domiciliar no Japão em uma história que parece ter sido retirada de roteiro de filme (contamos aqui) e hoje mora no Líbano.
O executivo é considerado um foragido pela justiça japonesa. O Líbano não o processa nem pode deportá-lo, porque Ghosn também tem cidadania libanesa.
Na época a prisão de Ghosn chocou o mercado global automotivo, gerando consequências dentro da Nissan. Na administração do executivo a empresa era considerada estável e havia revertido prejuízos enormes da década anterior. Com a prisão, a empresa trocou executivos e voltou a enfrentar turbulências na condução.