Inmetro impõe nova regra e autonomia de carros elétricos despenca

Medição passa a ser mais perto do mínimo conseguido, mais fiel do que se espera na conduão de um elétrico.

O ano começou com novidades negativas para as fabricantes de veículos eléricos. Uma nova regra do Inmetro fez diminuir os principais índices dos veículos elétricos, como por exemplo a autonomia.

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A informação foi revelada pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico ao site Use Elétrico. A partir de agora, as medições em laboratório vão sofre uma espécie de pênalti de 30%, no chamado PBEV – Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular.

autonomia de carros elétricos despenca
Posto de recarga de elétricos recém inaugurado pela Shell

Na prática, um veículo cujos testes marquem 100 quilômetros de autonomia, terá divulgado, comercialmente, uma autonomia de 70 quilômetros. A medida já está em vigor e já provocou uma remarcação em série – e também uma confusão para os clientes menos avisados.

A Volvo já colocou em prática o PBEV, em vez do WLTP, a medição europeia. Mas em vez de reduzir em 30%, a montadora foi ainda mais incisiva e cortou em 45% a autonomia de seus veículos, já que o PBEV mede o desempenho de forma diferente do WLTP. Assim, da noite para o dia, o Volvo XC40, elétrico mais vendido do país, despencou de 420 para 231 km de autonomia.



Mas por que esse corte do Inmetro de 30% na autonomia dos elétricos? Por uma questão mais fiel e menos frustrante aos consumidores. É que as montadoras divulgavam o máximo da autonomia, caso o motorista guiasse da forma mais econômica possível, acelerando e freando no tempo certo, sem sobressaltos, o que é praticamente impossível.

O corte de 30% é algo mais perto do mínimo da autonomia, caso o motorista conduza de forma inconstante, acelere além da conta, entre outros detalhes. Neste caso, é mais provável que o consumidor consiga um número melhor do que o esperado, e que saia mais satisfeito com a compra.

Por este raciocínio, a mudança pode ser válida. E como ela vale para todos, nenhum concorrente sai favorecido e o mercado não é alterado. Por outro lado, a ABVE questiona que a mesma medida nunca foi tomada com os veículos a combustão. Os números de desempenho dos carros a combustão divulgados pelas montadoras dificilmente são atingidos, pois também são medidos da forma artificial, com o ritmo de condução mais eficiente possível.

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Daqui para frente, as montadoras deverão investir em testes ainda mais eficientes, para que a autonomia final, após o corte de 30%, fique a mais alta possível.

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