Corrida pelo carro voador cria concorrência inédita entre Volks, Uber, Google e Embraer

Nosso artigo destaca como empresas de áreas diferentes estão entrando em concorrência por um modelo de transporte que ainda existe apenas na tela do computador

Os anos atuais estão sendo desafiadores para a indústria automobilística. Quando vemos as montadoras trazendo carros híbridos ou elétricos ao Brasil, ou simplesmente um modelo novo desenvolvido do zero, estamos ainda olhando para o passado.

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É que como veículos são produtos muito complexos que envolvem projeto, testes exaustivos e estudos de mercado, tudo o que está chegando ao mercado agora é fruto de pelo menos cinco anos de análise, ensaios e projeções. Nem sempre o fruto de todo este planejamento dá certo, aliás.

EVTol da Embraer foi batizado de “EVE” e está prometido para 2026 (foto: Embraer/ divulgação)

E o que é o desafio atual para as montadoras? Primeiramente é entender como será o futuro e em qual cenário de mercado elas vão disputar mercado. E elas têm muito neurônio para queimar: tem empresa estudando combustível sintético, tem empresa jogando todas as fichas na eletrificação dos carros e tem empresas arriscando uns bilhões nos carros voadores. E tem também empresa apostando em todas as alternativas anteriores para simplesmente não ficar de fora desse futuro.

Um exemplo claro disso é sobre os “carros voadores” ou EVtol, que na prática são drones que vão transportar humanos. Essa semana a Stellantis (marca uniu Fiat e Peugeot) anunciou que está investindo nessa área através de uma sociedade com a empresa Archer para fabricar um modelo já em 2024.



A Volkswagen já anunciou a mesma coisa há dois anos, em uma parceria com uma empresa chinesa. A Hyundai já tem uma subdivisão cuidando disso e promete o seu EVtol para 2028.

A complexidade disso é que essas marcas entrarão em outro campo de batalha onde também estão empresas fabricantes de aviões e gigantes da área de tecnologia. Até o momento é público que Hyundai, Stellantis e Volkswagen concorrerão pelo menos com Google, Embraer e Uber. Some a isso diversas startups que estão correndo atrás do mesmo objetivo e que acabarão sendo adquiridas por uma das gigantes.

Como em qualquer área nova da área de tecnologia algumas coisas já podemos prever: como cada empresa está desenvolvendo um sistema diferente, alguns vão predominar e outros vão naufragar, o que significa que enquanto algumas dessas empresas vão ficar ainda mais valiosas, outras vão perder muito dinheiro.

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Imagine investir bilhões para inventar um produto e no meio do caminho surgir um projeto mais eficiente que cai no gosto do mercado. Pois é. Isso vai acontecer e nós não sabemos ainda quem estará em cada ponta dessa mesa. Torcemos, é claro, para que a nacional Embraer esteja na ponta do sucesso. O Evtol dela, chamado EVE, está prometido para 2026.

Enfim, os anos 2020 representam uma encruzilhada para a indústria automobilística. Até o final da década teremos algum cenário muito diferente do atual e em uma possibilidade não muito distante poderemos ter marcas de tecnologia absorvendo grandes marcas que hoje só fabricam carro.

E lá em cima, quando eu falei de empresas que estão apostando em todas as alternativas, eu falava da Volkswagen. A empresa foi uma das primeiras a converter uma fábrica inteira para produzir carros elétricos na Europa. Também investe, através da Porsche, em estudos para um combustível sintético que substitua a atual gasolina e por fim está nesta parceria chinesa pelo carro voador. Está bem antenada ou não?

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