A Petrobras anunciou no dia 7 de dezembro uma queda de R$ 0,20 no preço do litro da gasolina para as distribuidoras. O que muita gente se perguntou é se o preço da gasolina baixou para o consumidor final. A pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, divulgada nesta segunda-feira, afirma que sim – mas não se anime.
O preço da gasolina recuou pela terceira semana seguida. Era de R$ 5,03 o litro, na média nacional, e agora está em R$ 5,01. Ou seja, a queda não acompanhou os 20 centavos.
Em São Paulo, a queda foi de apenas 2 centavos, por litro. O preço médio no estado estava em R$ 4,92, em 02/12, e agora é de R$ 4,90. Foram pesquisados pela ANP 1.027 postos de todo o estado.
A gasolina média mais cara do Brasil é a do Rio Grande do Norte. O motorista desembolsa R$ 5,45 por cada litro. Já o valor mais em conta fica no Amapá: R$ 4,57.
Por que o preço não acompanhou a queda? A Petrobras costuma alegar que o valor de referência é só parte do preço final. Ainda entram os custos de distribuição, o lucro dos intermediários e o livre preço praticado pelos donos de postos. Em alguns momentos, os empresários decidem não repassar as variações e aumentar a própria margem de lucro.
Também entra na conta o estoque de cada posto. É possível que durante a pesquisa nem todo posto tenha esvaziado os próprios tanques e tenha trabalhado com preços antigos. Por fim, tem o valor do etanol que por lei é adicionado na mistura da gasolina.
A Petrobras tem por política o PPI – Paridade de Preço Internacional. Ou seja, a estatal acompanha a variação de preços internacional. Mas segundo a Abicom – Associação Brasileira dos Importadores de Combustível – o preço da gasolina está 9% acima da cotação internacional.