Chegou o período chuvoso em boa parte do país e com ele as enchentes – sobretudo nas cidades menos preparadas. E é comum também vermos cenas curiosas: o carro vai e a placa fica. Mas por que os carros perdem as placas nas enchentes?
Um dos motivos é a fraca fixação que a placa pode estar submetida. Em geral, a placa que se perde é a dianteira, justamente a que está menos protegida. A placa traseira é fixada por parafusos e também por um lacre. Já a placa da frente está presa por apenas dois parafusos pequenos.
Quando o carro atravessa uma enchente, a água faz força contínua sobre a placa, como se a estivesse puxando. Se o nível da água for ainda maior, o buraco da fixação poderá se expandir, soltando os parafusos. Quando se percebe, é tarde demais. Em muitos casos, o nível alto da água causa outros problemas mais graves do que a simples perda da placa, mas isso é outro assunto.
O que fazer em caso de perda da placa?
A primeira dica é voltar aos locais de enchente por onde você passou. Alguns pontos são tão ‘viciados’, que comerciantes e moradores guardam as placas, à espera dos donos. Se não der certo, a próxima medida a se tomar é fazer um boletim de ocorrência. Desta forma você estará resguardado, caso alguém use a placa indevidamente.
Depois, deve-se providenciar uma nova placa junto aos orgãos de emplacamento. Trafegar sem placa é infação gravíssima e rende multa de R$ 293. Se a sua placa perdida for a do modelo antigo, cinza, você terá que trocar o jogo por uma do tipo Mercosul.
Para fazer o novo emplacamento é necessário realizar uma vistoria e pagar eventuais débitos de licenciamento, IPVA e multas de trânsito. Caso haja a troca de placa da cinza para Mercosul, será necessário emitir um novo CRV, cujo custo é de R$ 246. Toda a troca, incluindo emissão de documentos e pagamento para a empresa de emplacamento, custa por volta de R$ 700. É melhor não passar pelas enchentes.