Como tudo na vida, até as placas de estacionamento de idosos foram atualizadas para os novos tempos. Em vez de um senhor curvado e de bengala, entra em cena um homem em posição ereta acompanhado da expressão “60+” ao lado. É assim que todas as placas de sinalização de vagas para idosos serão no Brasil, representando mais fielmente a população que mais cresce no país e que se mostra cada vez mais ativa.
A medida foi publicada em uma resolução do Contran em maio e passou a vigorar em 1º de junho. Além do novo pictograma, a lei exige numeração de vaga, que passará a ser visível. Os departamentos de trânsito locais têm 5 anos para fazer a troca de identificação.
Alguns municípios resolveram não esperar tudo isso. Suzano, na Grande São Paulo, já trocou boa parte das 96 identificações públicas que possui. A cidade pretende terminar o serviço 3 anos antes do prazo.
As vagas de idosos foram criadas em 2004. Ela assegura a reserva de 5% das vagas nos estacionamentos para as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e precisam necessariamente estar em local conveniente, próximo do destino. Para usufruir das vagas é preciso portar credencial de estacionamento, emitida pelos órgãos de trânsito de cada município. Estas credenciais também precisarão atualizar o desenho.
Não existe uma simbologia internacional para tratar da população idosa, mas, em geral, ela é parecida com a que tínhamos aqui até a nova resolução. Quase sempre a população mais velha é tratada de forma frágil e discriminatória.
Nos Estados Unidos, por exemplo, existem vários tipos de placas de vagas de idosos. Embora as mais comuns sejam apenas textuais, é possível ver placas simbolizando a população idosa usando uma cadeira de balanço.
Também nos EUA, no estado de Michigan, aconteceu uma mudança parecida com a nossa, mas com o pictograma das vagas para cadeirantes. Saiu de cena a pessoa estática para dar lugar ao cadeirante em movimento. E a palavra “handicapped” – deficiente – foi trocada por “reserved” – no sentido de vaga reservada.