Vira e mexe a gente se depara com pessoas que se envolvem em pequenos acidentes após confundir marchas – ou até pedais do carro. É de se destacar quando um desses motoristas está a bordo do raro – e feioso – Toyota WiLL Vi, um dos carros mais curiosos já fabricados pela montadora japonesa. E o que dizer quando o acidente com o Toyota WiLL Vi destrói simplesmente um banheiro da Idade Média no Japão? Foi o que aconteceu recentemente em Kyoto.
Um funcionário da Associação de Kyoto para a Preservação das Culturas Antigas acelerou o próprio carro sem saber que a marcha a ré estava engatada. Ele atravessou uma porta de madeira de dois metros, única proteção do chamado Tosu, ou banheiro, do templo budista Tofuku-Ji, construído no período Muromachi, entre os anos de 1236 e 1255. Ou seja, o motorista espertalhão danificou um histórico banheiro 245 anos mais velho que o Brasil descoberto por Pedro Álvares Cabral.
A área do templo será reconstruída, algo que já ocorreu nestes mais 700 anos de história. Incêndios e terremotos já obrigaram as autoridades a refazer parte da área ao longo dos séculos. O banheiro, muito usado por monges, deixou de ter essa função em 1912. Passou a ser preservado como objeto histórico, sem nunca terem imaginado que um Toyota WiLL Vi atravessaria o caminho de forma tão abrupta.
Como é o Toyota WiLL Vi
É totalmente aceitável você nunca ter ouvido falar nesse tal Toyota WiLL Vi – pronunciado algo como Vi-Ai. Este destruidor de banheiros históricos só foi vendido no Japão e teve uma pequena quantidade produzida – o que torna o incidente acima ainda mais improvável.
O WiLL Vi foi criado em cima do Toyota Yaris de primeira geração. Ficou em linha de 2000 a 2001 e apenas 16 mil unidades foram montadas – 21 delas exportadas para a Inglaterra. A maior parte, no entanto, já virou sucata ou embarcou bem usada para países menos favorecidos.
Vinha com motor 1.3 16v e câmbio automático de 4 velocidades. Tinha uma pegada sustentável. O projeto tratou de eliminar o chumbo de peças como o radiador. Painéis e outras áreas do carro usavam plástico reciclável.
Uma curiosidade. Você pode procurar em qualquer parte do carro e não irá achar o emblema da Toyota. Ela decidiu não colocar seu logo, em respeito ao projeto feito a várias mãos com outras companhias, por meio de uma joint venture.