O preço da gasolina vem caindo no mundo todo, incluindo o Brasil. Após passar de R$ 8 o litro em boa parte do país, e bater impressionantes R$ 10,55 no Acre, os preços sofreram redução por aqui, principalmente após um corte de impostos que abasteciam o caixa dos estados. Mas a depender do maior produtor de petróleo bruto do mundo, não vai ser assim por muito tempo.
A Arábia Saudita quer frear a baixa de preços, mesmo que tenha que agir de forma artificial no mercado. É que na visão do país do Oriente Médio, a volatilidade de preços, a qual ela classifica como “mercado esquizofrênico”, atrapalha a economia local.
Se no início da guerra da Ucrânia o barril do petróleo chegou a custar US$ 110, hoje ele está perto de US$ 90, muito próximo do que era cobrado antes do conflito.
Alguns analistas preveem que ele poderá cair para abaixo dos US$ 50 até o fim do ano. Para os membros da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo – isso seria catastrófico, uma vez que a economia destes países é fortemente atrelada ao preço do petróleo.
Por isso, o príncipe saudita Abdulaziz bin Salman, líder da OPEP, declarou ter os meios e o compromisso de diminuir a produção do petróleo. Com menos barris sendo extraídos, os preços sobem, é bom lembrar.
O príncipe disse também que poderá subir a produção, caso a Europa precise do combustível para repor a possível falta de gás vindo da Rússia no próximo inverno, que começa em setembro.
Enquanto isso, países como os Estados Unidos agem nos bastidores. A Casa Branca se reuniu com os maiores produtores do país para negociar o aumento da produção.
O Brasil acompanha de longe. O preço nas bombas por aqui subirá ou descerá de acordo com o que vier no mercado internacional, seja este esquizofrênico ou não.