Ainda há um bom tempo para uma palavra final, mas até 2035 a Fórmula 1 terá que decidir seu rumo: fica como está e vira uma categoria de nostalgia ou adota os motores elétricos.
Essa discussão foi mencionada pelo diretor-gerente da “Fórmula E”, Sylvain Filippi, em entrevista à Revista Forbes em maio.
Há motivos para essa previsão. Os motores não elétricos passarão ao segundo plano porque países desenvolvidos já lançaram leis que determinam que motores poluentes não poderão equipar novos carros a partir de 2035. Muitas fabricantes já estão abandonando este tipo de mecânica, inclusive.
De outro lado, a própria Fórmula E vem evoluindo e a partir da próxima temporada terá carros com maior potência e poder de regeneração de baterias. A Fórmula E é disputada apenas por veículos elétricos. O caminho natural é que no futuro a Fórmula E se transforme na Fórmula 1.
Segundo o diretor da categoria, os carros atuais já proporcionam emoção ao volante, diferente dos primeiros anos da categoria.
Só que os carros da ”E” não são ainda tão rápidos como o da ”1”, mas isso deve ser resolvido em 10 anos, segundo Filippi, quando espera-se que os elétricos façam os outros parecerem lentos. Então a Fórmula 1 tem mais alguns anos. “Os combustíveis sintéticos os levarão até 2030”, diz Filippi. “Mas para nós isso é um longo caminho no futuro. Até lá, estará no limite para o desempenho da Fórmula E igualando a Fórmula 1. Mas em 2035 você pode começar a imaginar um carro elétrico que será facilmente tão rápido quanto um carro de Fórmula 1. Então é sobre os tempos de volta.”
A outra opção para a F1 é se tornar um esporte de nicho, mantendo os motores tradicionais em um mundo onde os carros elétricos serão maioria.
“A Fórmula 1 terá muitas opções para o seu futuro. Poderia se tornar 80% elétrico e 20% híbrido. Ou poderia ir em outra direção inteiramente, mostrando o melhor do que o V12 poderia ser. E isso ainda criará um esporte e entretenimento fantásticos.”