Carro desta avaliação:
Tracker Premier (1.2 turbo) – 2022
Turboway rodou entre Maceió (AL) e Aracaju (SE) no início de junho a bordo de um Chevrolet Tracker Premier 1.2 turbo automático, o topo de linha da Tracker.
Aqui no Turboway você já acompanhou a avaliação do concorrente direto Volkswagen T-Cross 1.4, que rodamos pelo Maranhão. Concluímos que apesar do motor forte, a versão 1.0 entregava praticamente a mesma coisa por R$ 10 mil a menos. E será que também é assim com o Tracker?
De cara já dá pra dizer que a versão Premier do SUV tem um acabamento muito bacana, que a diferencia das versões mais simples do veículo.
A versão Premier é a única que conta com o motor 1.2 turbo, que rende 133cv, as demais recebem o motor 1.0 turbo que também equipa o Onix. Porém existe também uma versão Premier com motor 1.0 turbo.
Anda bem
Sobre o motor, o que podemos afirmar é que ele desenvolve muito bem. O carro é forte, o carro é forte, muito bom para dirigir, mas peca no consumo.
Nosso consumo médio foi de 9 km/l no etanol em trecho majoritariamente de rodovia. É mais econômico que o VW T-Cross 1.4 que andamos, mas fica aquém do que os motores 1.0 turbo entregam. Se a sua atenção ao comprar um carro é guiada principalmente pelo consumo, já vá para a versão 1.0.
Acabamento e espaço interno do veículo são o ponto alto. Apesar de ainda lembrar o interior do Onix no desenho e também no material de construção do console central, os detalhes do acabamento, com couro sintético, apresentam uma enorme evolução em relação aos Chevrolets anteriores. É também melhor do que os concorrentes atuais entregam: Volkswagen T-Cross e Renault Captur.
Itens de série
Outro ponto bem interessante é o teto solar, disponível só nesta versão, que cobre uma área que vai dos ocupantes da frente até pouco mais da metade do teto do veículo.
Além do teto solar, o Tracker Premier 1.2 tem alerta de colisão frontal, faróis em LED, frenagem automática de emergência, indicador de distância do veículo da frente, detalhes cromados, rodas liga-leve, ar-condicionado digital, carregador wireless.
Tem também sistema de estacionamento automático, sensor de chuva, sensores de estacionamento dianteiros, laterais e traseiros. Com exceção do teto solar, a versão 1.0 Premier possui todos os outros itens. São cerca de R$ 8 mil de diferença de uma versão para outra.
Outro ponto de destaque da linha Chevrolet é a conectividade. A central Mylink de 8″ tem recursos Android Auto e Apple CarPlay sem fio. E o carro conta com a possibilidade de ter conectividade da própria central, coisa ainda indisponível na concorrência.
Segurança
Na questão segurança, o Tracker tem seis airbags e traz itens de auxílio ao motorista, como indicador de veículo à frente e frenagem automática.
Sabemos que o carro passou por avaliação de segurança do Latin Ncap recentemente, mas um problema grave no projeto do carro adiou a divulgação do resultado.
Foi descoberto que uma falha no cinto de segurança pode causar incêndio no veículo e a Chevrolet chamou os proprietários de Tracker para um recall. Os veículos vendidos após o mês de abril já passaram por correção em relação a isso.
Como o carro possui itens de segurança que ainda estão ausentes em muitos veículos nacionais, vamos dar nota 4 em segurança na avaliação. Após a divulgação dos resultados do teste LatinNcap podemos alterar essa avaliação.
Conclusões
Para ter um Tracker Premier 1.2 é preciso desembolsar pelo menos R$ 154 mil (junho/22). É o preço semelhante dos concorrentes. O Renault Captur (1.3 turbo) sai por R$ 156 mil e o Volkswagen T-Cross (1.4 turbo) sai por R$ 159 mil.
A avaliação é que o Tracker é um carro com melhor acabamento que seus concorrentes. O motor é bom, mas nada de grande destaque, já que na concorrência o 1.4 da VW entrega 150cv. O 1.0 turbo que equipa o Fiat Pulse entrega os mesmos 130cv do Tracker.
O teto solar é um bom diferencial para justificar os R$ 8 mil a mais, porém se você conseguir resistir a essa tentação, lembre-se do preço da gasolina e dê uma chance ao 1.0.