Placa preta de volta: Brasil quebra regra do Mercosul e atende colecionadores

Motoristas vão poder dar entrada em pedidos de placa preta a partir de 1º de junho, em empresas especializadas.

A partir de 1º de junho, colecionadores poderão pedir novamente as placas pretas para veículos históricos, agora no padrão Mercosul. O Conselho Nacional de Trânsito – Contran – definiu os requisitos para quem quer dar entrada no pedido, mas chama a atenção uma quebra de regra definida pelos países membros do Mercosul.

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A placa preta vai voltar a partir de 1º de junho

Desde a criação da placa comum, existia uma regra seguida por todos os países membros: as placas são sempre de fundo branco, com mudança de cores apenas nos caracteres. Veículos comuns têm letras e números em preto; os de transporte na cor vermelha e assim sucessivamente. Os modelos de coleção acabaram recebendo placas com letras e números cinzas e fundo branco. Os mais canônicos chiaram, já que a placa era muito parecida com a comum.

Mas a tradição venceu e a partir de junho as placas de veículos históricos vão ser de fundo preto e caracteres brancos, exatamente como eram antes da adesão às placas Mercosul.

Primeira tentativa de placa de colecionador não agradou o público

Regras para as novas placas preta no padrão Mercosul

O Contran também definiu algumas mudanças para a entrada com o pedido. Agora não apenas veículos que tenham conservado sua originalidade serão contemplados. Carros modificados, como viaturas de serviços públicos, carros transformados em conversíveis, em limusines, etc, poderão receber a placa, desde que comprovem seu valor histórico. Ou seja, a resolução aumenta o alcance da placa preta já que estes últimos eram rejeitados pela antiga norma, anterior à placa Mercosul.

Em todos os casos será preciso ter pelo menos 30 anos de fabricação. Para os veículos originais, será necessário cumprir 80 pontos de 100 possíveis em uma lista que detecta a originalidade. A placa terá validade de 5 anos e terá que ser renovada de 5 em 5 anos. Essa é uma alteração importante, já que muitos donos de placas pretas acabavam modificando os carros após conseguirem o item, o que descaracterizava todo o propósito da placa preta.

As licenças para as placas e as vistorias serão feitas por empresas cadastradas, que emitirão um certificado chamado de CVCOL. Estas empresas serão fiscalizadas pelo Senatran (antigo Denatran) e terão que renovar as licenças a cada quatro anos.

E como faz para ter a nova placa preta padrão Mercosul? Para os interessados, basta procurar as empresas que emitem CVCOL, a partir de 1º de junho e atender os requesitos.

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Placas Mercosul: padronização pero no mucho

Essa quebra de regras feita pelo Brasil é a maior já vista, mas não chega a ser a única. Prometida como padrão entre todos os países membros, as placas tem características próprias em cada país.

Prevista para ter 7 caracteres em todo o bloco, a placa na Argentina recebeu o padrão alfanumérico AB 123 CD, com quatro letras e três números. Aqui no Brasil, como sabemos, também são quatro letras e três números, mas foi adotado o padrão ABC 1 D 23.

No Uruguai, primeiro a ter a placa, o padrão é o ABC 1234, como o do Brasil pré-placa Mercosul. O Uruguai alega que, como é um país pequeno, não precisaria de uma quarta letra para criar combinações únicas.

No Paraguai, o padrão é o ABCD 123, algo que Brasil e Argentina decidiram não fazer para evitar a formação de palavras.

E finalmente a Bolívia usa o seu padrão AA 12345, e apenas para caminhões que fazem viagens internacionais, já que ela não adotou a placa como padrão interno. Por lá, permanece o padrão 1234 ABC.

Outra quebra de regras chegou a ser feita pelo Brasil. Foi o único membro a colocar bandeira de estado e brasão de município na placa. Mas a medida foi revogada pouco tempo depois.

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