O dia em que a Yamaha tentou desafiar a Honda na F1 e fracassou

Foram 8 temporadas na F1 e - spoiler - nenhuma vitória...

Era uma briga que se restringia às motos. Yamaha e Honda se alternavam como campeãs da MotoGP, após romper a hegemonia de 17 anos da italiana MV Agusta, em 1975. Mas foi a Honda fazer sucesso na F1, que a Yamaha se achou capaz de repetir o sucesso.

Para começar, a Honda não é qualquer uma na F1. São seis títulos na categoria, contando com o de Max Verstappen em 2021. E já na época da entrada da Yamaha, no final dos anos 1980, era a Honda quem dominava, com os títulos pela Williams, em 1986 e 1987 e com a McLaren de Senna, em 1988.

A estreia da Yamaha na F1 foi na fraca Zakspeed

A Yamaha tinha um plano ambicioso: trazer um motor V12 aspirado, aproveitando a recente proibição dos turbos, e botar pra quebrar. Mas duas coisas deram errado: o motor V12 não ficou pronto a tempo, forçando-a a colocar na pista um V8 fraco, de apenas 600 cavalos, e o pior, a equipe parceira era a fraquíssima alemã Zakspeed.

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Na primeira temporada, em 1989, quando ainda haviam mais equipes do que vagas no grid, e existiam as pré-qualificações, a Zakspeed conseguiu se classificar para apenas duas provas. Pra piorar, Bernd Schneider quebrou nas duas oportunidades. Detalhe, a Honda fechou o ano com o título de Alain Prost, na McLaren.

Após o fracasso da primeira temporada, a Yamaha decidiu se retirar em 1990 para voltar em 1991, desta vez com o V12 pronto. Ela também fechou com uma equipe melhor: a Brabham, que a esta altura estava em decadência, é verdade. Mesmo assim, foi uma temporada muito difícil. Foram apenas duas corridas pontuando, um quinto lugar de Martin Brundle e um sexto, de Mark Blundell. E o ano terminou com mais um título da rival Honda, de novo com Senna…

Mudança de ares: a Yamaha foi de Brabham, em 1991

Após novos anos apagados com as equipe Jordan e Tyrrel, em 1997 veio uma oportunidade curiosa. Pela primeira vez a Yamaha teria um piloto número 1 no grid. Mas em vez de equipar uma equipe de sucesso, ela fechou com a pequena Arrows, recém adquirida por Tom Walkinshaw, que trazia o campeão Damon Hill, que acabara de ganhar o título de 1996 com a poderosa Williams.

Foi uma temporada sofrível, mas que poderia ter terminado com vitória. Hill teve uma nas mãos. Liderava o GP da Hungria de 1997 com certa margem, mas a 3 voltas do fim, o carro da Arrows começou a dar problemas. Hill acabou ultrapassado por Jacques Villeneuve na última volta e, se arrastando, terminou em segundo, até hoje o melhor resultado da Yamaha, ainda que com gosto agridoce.

Motor para o campeão do mundo. Não foi desta vez…

E assim, 8 temporadas depois, a Yamaha se retirou da F1. Até hoje é a fabricante de motores a ter disputado mais corridas na história sem ter vencido nenhuma delas.

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