Pulse do Turboway: espera longa e os primeiros mil quilômetros

Apresento minhas primeiras impressões com o Fiat Pulse, a nova experiência de compra do Turboway.

Desde o dia 23 de março o Turboway está rodando de Fiat Pulse. O carro comprado pelo site é um Pulse Audace azul que em março de 2022 custa R$ 118 mil. Após rodar os primeiros mil quilômetros apresento aqui neste texto as impressões iniciais sobre o carro.

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Nosso Fiat Pulse rodou 1.000 km em sete dias (foto: Renato Fonseca/ Turboway)

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Calvário da pré-venda

O Pulse do Turboway foi encomendado na pré-venda, em outubro de 2021, e é a constatação de um serviço falho do marketing da Fiat. O carro da pré-venda deveria ter sido entregue até o final de janeiro, mas até hoje não se teve notícia dele. Explico:

Ao reservar o carro no site da Fiat (lá em outubro!) foi apontado que a entrega seria em 90 dias. Passado esse prazo fizemos contato com a central de atendimento que informou que ele seria entregue no dia 28 de fevereiro, o que também não aconteceu. Ligamos novamente e não houve uma promessa de nova data.

Vale citar que neste processo em nenhum momento o Turboway se identificou como um veículo de imprensa e durante todo esse tempo percebemos várias pessoas se manifestando em redes sociais sobre o mesmo problema.

Depois desta trapalhada da Fiat procuramos a concessionária Buono, em Guaratinguetá (SP), que encontrou uma solução: disponibilizou um outro Pulse que estava em estoque. Ponto para a concessionária e para o Bruno, vendedor que nos descolou o carro na bonita cor “azul amalfi” (nosso pedido era para o branco com teto preto). E assim começamos nossa avaliação.

Pulse na pista

Da saída da concessionária em uma volta de 250 km na via Dutra já deu para derrubar um mito sobre o carro: ele não é um “Argão”, aliás o Pulse está mais para Toro do que para Argo quando falamos de acabamento e dirigibilidade. Posso fazer essa afirmação porque nosso carro anterior foi um Argo Trekking.

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A semelhança ao Argo está na estrutura do carro, afinal ele é mesmo montado sobre a mesma plataforma e aproveita várias peças do hatch. O olhar pela lateral entrega isso.

Fiat Pulse na via Dutra (foto: Renato Fonseca/ Turboway)

O nosso Pulse Audace tem motor 1.0 turbo que rende até 130cv. Quando se sai com o carro da concessionária a primeira preocupação é saber o quanto o veículo é esperto. E o Pulse 1.0 é muito esperto. Um exemplo claro pude perceber na subidinha de Arujá da Dutra. É um trecho que o motorista sobe no embalo e se tem caminhão na frente é um sofrimento danado para recuperar o embalo e subir em boa velocidade. O Pulse tirou isso de letra.

O motor e o câmbio automático de sete velocidades são (de longe) os destaques do carro que deixam o veículo em outro patamar, comparando com os Fiats anteriores fabricados em Betim (MG). A Fiat fez o dever de casa para se aproximar dos rivais, afinal também testamos o concorrente direto da Volkswagen (o Nivus), que também é um carro excelente. No comparativo Pulse vs Nivus por enquanto minha avaliação pessoal é pelo empate.

Fiat Pulse ao lado do Volkswagen Nivus: carros bem parecidos na rodagem (foto: Renato Fonseca/ Turboway)

Consumo

A segunda preocupação ao sair da concessionária, já depois de se entusiasmar com a agilidade que o motor turbo proporciona, é sobre o consumo. Até agora só rodei com etanol e o desempenho é satisfatório: em uso misto nesses 1000 primeiros quilômetros, 50% na cidade e 50% na estrada, o Fiat Pulse está marcando 11,4 km/l. O nosso Argo 1.3 (aspirado) atingia 13,5 km/l nesse mesmo uso misto.

Contando apenas os primeiros 200 km, só em rodovia, a marca atingida foi de 12,9 km/l.

Consumo médio de 12,9 km/l rodando com etanol e apenas em rodovia (foto: Renato Fonseca/ Turboway)

O Pulse Audace tem bom acabamento interno e poderia ter frenagem automática, disponível só na versão mais cara. No lugar disso essa versão tem apenas um aviso quando há aproximação muito rápida do veículo da frente. Barulhento, nada além disso.

Ponto positivo é que o carro tem GPS integrado na central, dispensando o pareamento de celular o tempo todo. Isso traz também um ponto negativo: o mapa é desatualizado e isso fica evidente quando vi que alguns radares mais recentes de São Paulo (que já existem desde antes do lançamento do carro) ainda não aparecem por lá.

Na comparação com a versão mais cara (a Impetus) que tem um painel totalmente digital, o nosso Pulse tem painel analógico com um mostrador digital ao centro. É um painel bonito no padrão atual Fiat/Jeep, mas a Fiat poderia ter caprichado mais no display central: poderia ao menos ser colorido.

Sigo com o carro e no próximo texto trarei avaliações mais completas e outras impressões sobre ele.

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