Dacia é a marca romena da Renault que criou Logan e Sandero. A Renault agora pretende usar uma estrutura semelhante ao que usa em seus carros próprios na Europa.
A Renault divulgou uma nova estratégia para o mercado nacional. Vai lançar um novo SUV e um novo motor 1.0 no Brasil. Além disso, a marca lançará o Bigster (foto abaixo), outro SUV maior, em 2024.
O novo carro adotará a plataforma CMF-B, diferente da que utilizam hoje o Duster e o Captur. Ela é tida como bem mais moderna e é a base dos carros que a Renault comercializa na Europa.
O novo SUV será um compacto ainda não teve nome ou desenho divulgado. Ele deve entrar em uma faixa entre o Renault Stepway e o Duster, onde hoje competem Volkswagen Nivus, Fiat Pulse e Nissan Kicks.
Com a nova plataforma há a possibilidade também da Renault trazer o novo SUV Austral ao Brasil, mas dificilmente ele chega até o próximo ano.
A plataforma CMF-B é utilizada pela Renault também em seus veículos híbridos e elétricos, o que já indica parte dos planos da marca no país. Esse ano a empresa pretende trazer o Kwid elétrico (importado) e isso mostra que a marca pode ser pioneira em produzir uma linha elétrica no país.
Para essa transformação a Renault anunciou que fez um investimento de R$ 1,1 bilhão em sua fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná.
O novo motor que a Renault no Brasil será o 1.0 turbo, uma evolução do 1.0 SCE, que é utilizado atualmente no Clio europeu. Em alguns mercados esse motor entrega 100cv, com gasolina. “Esta decisão demonstra o início da fase “Renovation” do nosso plano estratégico Renaulution na América Latina”, disse Luiz Fernando Pedrucci, presidente da Renault América Latina.
Produtos mais refinados no Brasil
Nessa nova fase, a Renault cumpre o que vinha dizendo desde 2020, que alinharia os seus veículos nacionais ao que a marca produz nos países europeus, agregando mais valor aos produtos. Como consequência, vai poder cobrar mais pelos produtos.
A decisão de mudança da marca engloba também o cancelamento de novas gerações de Logan e Sandero no Brasil. Os dois carros são produtos da Dacia, subsidiária de menor custo da empresa sediada na Romênia. Essas mudanças foram anunciadas após a Renault anunciar prejuízo financeiro histórico.