Chevrolet Bolt que pega fogo: GM pede a donos para estacionar longe dos outros

Modelo problemático deve fazer GM gastar R$ 9,5 bi em recalls mundo afora.

A GM pediu aos donos do hatch elétrico Chevrolet Bolt, nos EUA, para que estacionem a pelo menos 50 pés, cerca de 15 metros, de outros veículos. A medida é para evitar que um possível incêndio iniciado no modelo se alastre para outros carros. O Chevrolet Bolt que pega fogo virou uma dor de cabeça para a montadora americana.

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Chevrolet Bolt que pega fogo: modelo virou tendência nos EUA e a GM culpa a fabricante de baterias

A informação foi publicada pela Bloomberg, que explicou que a orientação é dada de forma verbal, por telefone, para aqueles que ligam para as concessionárias atrás de informação.

A GM chamou 142 mil donos de modelos fabricados desde 2016 para um recall na bateria elétrica, que pode eventualmente se incendiar. A montadora prevê gastar US$ 1,8 bi – R$ 9,5 bi – no recall, que inclui a recompra de modelos de compradores insatisfeitos. Ela espera dividir pelo menos parte do prejuízo com a fabricante da bateria, a coreana LG. As ações da LG despencaram desde que o problema foi revelado. GM e LG são parceiras de longa data.

O problema das baterias incendiárias começou no ano passado, mas se agravou nos últimos meses. Em um só dia de julho foram 4 casos registrados, o que chamou muito a atenção. O Chevrolet Bolt era considerado um sucesso automobilístico até então, com vendas impulsionadas pelo valor menor do que a concorrência, que apostou em carros maiores.



A produção está parada nos EUA, em compasso de espera pela resolução da crise.

Recall do Chevrolet Bolt que pega fogo no Brasil

No Brasil, a GM anunciou um recall de 235 unidades do Chevrolet Bolt que pega fogo. São modelos fabricados de 14/06/2019 a 20/06/2020. Não envolvem, portanto, a nova geração, lançada este ano. Mas, segundo a montadora, o problema não é resolvido de imediato.

Segundo o comunicado, “o serviço será realizado em duas fases: a primeira consiste em um ajuste de configuração, limitando a possibilidade de carga de bateria a 90% de sua capacidade. A segunda, a ser realizada futuramente, consiste na troca da bateria de alta voltagem. As etapas serão realizadas de forma gratuita e o tempo estimado de execução da primeira fase é de até 30 minutos”.

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Até que o recall seja atendido, a montadora também recomenda que os proprietários não carreguem a bateria mais do que 90% da capacidade. Mas a recomendação que realmente pegou mal foi a de parar longe de outros veículos ao estacionar. Nos EUA diversos motoristas tem usado as redes sociais para protestar.

Para a Bloomberg, a GM disse que os incêndios são um evento raro e resultado de dois defeitos incomuns que se originam de um problema de fabricação na planta da LG em Michigan, EUA, e na Coreia do Sul.

A LG tem dito que está trabalhando incessantemente para revolver o problema e que está ‘limpando o processo de fabricação’.

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