A Renault não vai mesmo trazer a nova geração de Sandero e Logan, que lá fora são feitos pela subsidiária romena Dacia. Conforme adiantamos em fevereiro, a empresa andava preocupada com o rombo global de R$ 51 bilhões em 2020 e novos projetos estavam ameaçados. O Jornal do Carro cravou hoje que a matriz francesa decidiu cancelar a vinda. Enquanto a Renault desiste de Sandero e Logan no Brasil, ela ainda aposta em seus SUVs.
Estão garantidos o Duster e a futura SUV de 7 lugares Bigster, prevista primeiramente para a Europa em 2023, também sob o emblema da Dacia. A aposta resume a nova fase da empresa no Brasil, de ser menos popular e ter seus lucros concentrados em modelos de maior rentabilidade. Algo parecido com o que a Peugeot pensa para nosso mercado.
Dessa forma, a Renault já se contenta em ficar com 5% de mercado no Brasil, metade de sua meta antes do reposicionamento. É pouco, mas se considerarmos a lucratividade que ela terá com carros maiores, não chega a ser absurdo. Já o número de empregos deve ser reduzido nas plantas, com menos carros sendo fabricados.
Mas uma coisa é fato: uma lacuna será aberta por quem procura hatches e sedãs de preços menores. A concorrência agradece. GM, Fiat e Volkswagen devem continuar com os maiores volumes de vendas do mercado e aumentar ainda mais a presença nas ruas.
Renault desiste de Sandero e Logan – o que perdemos?
Com cara de VW Nivus, a família Sandero, Logan e Stepway foi divulgada na Europa há um ano. Desta vez, o Stepway terá identidade própria, e não mais uma adaptação em cima do Sandero. A versão pelada do Sandero foi duramente criticada por ser espartana demais. Essa realmente não fará falta.