Aerodinâmica e espaço para as baterias são as razões para desacreditar nos sedãs elétricos.
Fim dos sedãs? O chefe de design da Daimler, grupo cuja marca mais importante é a Mercedes-Benz, deu uma declaração um tanto impactante para os fãs de automóveis, sobretudo dos clássicos. “A eletrificação matará os sedãs”, disse Gorden Wagener à tradicional revista TopGear.
Ele apontou dois motivos para o fim dos sedãs. O primeiro é a aerodinâmica e o segundo, que o posicionamento de baterias obrigaria o carro ficar com um design estranho na traseira.
Ele citou como bom exemplo futuro o Mercedes EQ. “Porque ele parece esticado, estiloso. É isso que mudará nas proporções do carro. Temos que fazer com que os carros não pareçam iguais, mas é um receio que tem existido há pelo menos 30 anos. Já conseguimos lidar com essa situação no passado e estou confiante que faremos no futuro”, ponderou.
A declaração parece uma afronta à própria história da Mercedes, que se tornou o que é hoje graças aos sedãs de luxo. Hoje eles fazem menos sucesso por causa de uma guinada de mercado, mas história é história.
Wagener também criticou o que classificou de “supercomputador sobre rodas”, se referindo aos novos players de mercado, que entraram para fazer carros elétricos tecnológicos. “Todas essas novas startups não possuem (modelos com) grade frontal, um tanto anônimo (o visual). São muito estranhos”, disse se referindo a modelos como o Tesla Cybertruck.
A grade frontal, que existe para ajudar a resfriar o motor a combustão, perde sentido em um carro elétrico, mas o chefe de design prefere mantê-la, em nome do visual conquistado. Ela também tem uma função na circulação de ar, defendem alguns engenheiros de carros elétricos.