Hyundai Casper é um carro pequeno e ‘altinho’ , uma aposta da marca sul coreana no segmento de city cars.
É quase do tamanho de um Mobi e tem a altura de um Fox, mas seu desenho confere um visual que a Hyundai quer associar a um SUV. O Hyundai Casper é o compacto que a montadora sul-coreana começa a fabricar no ano que vem e deverá ser exportado para mercados onde a marca disputa vendas com o Suzuki Ignis, que possui características muito semelhantes.
Com 3 metros e 59 centímetros de comprimento, 3 centímetros a mais que um Fiat Mobi e 10 centímetros a menos que o Volkswagen Up, o Hyundai Casper é um city car, um segmento voltado para quem utiliza o carro no vai e vem do trabalho, para pequenas atividades na cidade ou ainda para pessoas que tem um outro carro maior para a utilização em viagens ou atividades em família. Abaixo falamos mais sobre isso.
O nome Casper pode levar à alguma associação com o personagem que ficou conhecido no Brasil como “Gasparzinho”, o fantasminha camarada. Não tem nada a ver. A relação da Hyundai ao batizá-lo foi com uma manobra de skate. Olha aí o skate de novo, o esporte que tá em alta pós Olimpíada.
Irmão do Kia Picanto
O carrinho foi desenvolvido na mesma plataforma que a Hyundai e a Kia já vem utilizando para outros super compactos, como o i10, o Grand i10 e o Picanto. Destes, só o Picanto esteve disponível no Brasil. O motor que deve equipá-lo é o 1.0 turbo de três cilindros, que hoje também equipa o HB20 no Brasil. Já é certo que a Índia receberá uma versão do veículo.
O Casper tem como característica os grandes faróis na frente com as luzes diurnas na parte superior, numa configuração semelhante ao que a Fiat colocou na Toro. Nas laterais os para-lamas têm borda grossa e o plástico avança ligeiramente sobre a carroceria, truque já muito conhecido no Brasil nas versões “adventures” e “cross” que estão aí pelo mercado. Mas o Casper dificilmente virá ao Brasil e é fácil relacionar os motivos.
O Casper deve ser lançado no final do ano que vem na Coréia do Sul e a Hyundai ainda não apresentou como será o interior do carro. Mas algo já sabemos: ele terá câmbio automático de quatro velocidades.
Não chegará ao Brasil
No Brasil os “city cars” não fizeram sucesso. O Fiat Mobi nasceu com a proposta de ser um city car, como o Renault Kwid. Existem os consumidores que têm esses carros como um segundo carro ou um veículo para deixar com os filhos, mas o que conta mesmo para que eles vendam bastante é o preço. Hoje o Mobi e o Kwid são os carros mais baratos do país.
Outro motivo é que no Brasil a Hyundai atua em dois blocos: o primeiro controlado pelo grupo Caoa, que monta SUVs e veículos comerciais da marca, além de ter preferência sobre as importações da marca. O outro é a própria Hyundai, que atualmente comercializa o HB20 e o Creta, fabricados no interior de São Paulo.
A Caoa está claramente focada em SUVs e a Hyundai do Brasil dificilmente vai lançar um carro que possa “canibalizar” as vendas do HB20. Uma prova disso é que nos países vizinhos já existe um subcompacto capaz de concorrer com o Kwid, o i10, que nunca deu as caras por aqui. O i10 é um carro que concorre diretamente com o Suzuki Ignis (foto abaixo) em vários mercados.