Piloto da Red Bull sobrou no GP da Holanda e venceu pela sétima vez no ano.
Demorou uma semana a mais para o fã da F1 matar a saudade da velocidade, depois da decepção com o GP da Bélgica, mas ela veio. E com grande pilotagem. Verstappen fez o dever de casa e venceu de ponta a ponta o GP da Holanda, assumindo de novo a liderança do mundial de pilotos. Lewis Hamilton foi o segundo e Valteri Bottas, o terceiro, mantendo viva a Mercedes em outra briga do ano, a do Mundial de Construtores.
A Fórmula 1 volta domingo que vem, no GP de Monza, na Itália. Confira o calendário da F1 atualizado.
Largada e primeiras voltas
Diferentemente de outras corridas, foi uma largada bastante tranquila. Verstappen largou muito bem e abriu distância para Lewis Hamilton já na segunda curva. Nenhum piloto se estranhou e praticamente todos mantiveram suas posições de início.
Com quase todos os pilotos seguindo a mesma estratégia e largando de pneus macios, foi um início de corrida conservador. Talvez o maior destaque tenha sido a milésima volta de Verstappen liderando um GP, na décima volta em Zandvoort.
Meio de prova
Hamilton, que reclamava da situação dos pneus, foi o primeiro a parar, na volta 21. Verstappen parou na volta seguinte e foi 1 segundo mais rápido do que o inglês. Os dois abriram tempo suficiente para parar e voltar na frente de Gasly, quarto colocado. A dupla ainda passou Bottas na pista. O finlandês atrasou ao máximo a sua parada para troca de pneus e ficou para trás.
Sergio Pérez, que largou dos boxes e fez uma parada muito cedo, fez boa corrida de recuperação, garantindo umas ultrapassagens quando chegou a troca de todos os pilotos. Ficou a dúvida se ele pararia novamente, o que acabou se confirmando.
Na volta 40, Hamilton surpreendeu ao parar novamente, com apenas 19 voltas de pneu médio. Para evitar o undercut do britânico, o holandês também parou, na volta seguinte, mas voltou com pneus duros, contra um novo jogo de médios de Hamilton.
Pouco depois da troca, os dois pilotos reclamaram com suas equipes. Verstappen questionou o uso de pneus duros, ao que a equipe argumentou que a Ferrari andava bem de duros. Sem contar que eles garantiriam menos desgaste até o final da corrida. Já Hamilton ficou indignado de ter parado com pneus ainda com borracha para queimar. A equipe não contra-argumentou.
Parte final
A estratégia não surtiu efeito para Hamilton. Além de não o aproximar de Verstappen, o inglês viu seu pneu se desgastar antes do tempo, sendo obrigado a tirar o pé no final.
A falta de pneus fez bem para a corrida, que estava morna. Foram várias brigas, como a de Alonso contra Sainz, Pérez contra Norris e Russel contra Stroll.
Mas o que interessava era a briga pela vitória. E Hamilton jogou a toalha de vez na penúltima volta, quando aproveitou uma vantagem de mais de 50 segundos para o terceiro colocado Bottas e fez mais uma parada. Com o pneu zerado, o britânico garantiu o ponto extra de melhor volta da prova, na última volta.
Detalhe: Hamilton foi pro tudo ou nada na melhor volta porque Bottas havia desobedecido uma ordem da equipe e estabelecido a melhor volta da corrida a 3 voltas do fim.
Outros destaques
Kimi Räikkönen, que anunciou a aposentadoria esta semana, não correu porque testou positivo para Covid-19 momentos antes do treino. Robert Kubica assumiu o posto de última hora. O polonês, que não guiava desde 2019, fez corrida discreta, terminando nas últimas colocações.
Antonio Giovinazzi, que fez ótimo treino, largando em sétimo, tocou com Alonso no início de prova, caindo para décimo. Depois, o italiano fazia corrida mediana, até furar um pneu e sair de vez da disputa por pontos.
A Ferrari, que pontuou com Leclerc (5º) e Sainz (7º), ultrapassou a McLaren no Mundial de Construtores. Aliás, o prejuízo da McLaren foi duplo, já que Bottas também passou Norris no Mundial de Pilotos.
Começou a valer no GP da Holanda a nova regra de pit stops, que tornou impossível a quebra do recorde de pit stop mais rápido da história, que pertence à Red Bull. A partir de agora, haverá um tempo mínimo de troca de pneus, a título de ‘igualar a velocidade humana’. Os mecânicos não poderão baixar o carro com menos de 0,15 segundos durante as trocas. Segundo as equipes, a Red Bull ganhava tempo artificial durante as trocas.